A construção de ambientes de trabalho saudáveis, inovadores e produtivos passa, essencialmente, pela conexão entre confiança, autonomia e resultados sustentáveis. Quando as lideranças cultivam uma cultura de confiança, elas empoderam suas equipes, impulsionando o engajamento, a criatividade e, consequentemente, o desempenho sólido e duradouro.
Essa foi a perspectiva que norteou o talk “A conexão entre confiança, autonomia e resultado sustentável”, mediado por Isabela Sena e que reuniu Luís Humberto de Quental (vice-presidente financeiro da ABRH-PR) e Reis Gedra (CEO da N1 Alimentos).
Em um bate-papo descontraído, os participantes convergiram na ideia de que a confiança é o alicerce dessa dinâmica. Mais do que um sentimento, ela é um pilar essencial para o comprometimento das equipes e para a alta performance.
“É impossível qualquer empresa ou pessoa entregar um resultado sustentável sem ter a confiança do líder”, destacou Luís Humberto. Reis complementou, ressaltando a importância da escuta ativa: “A confiança mútua entre líderes e colaboradores é fundamental, porque são as pessoas que movem as organizações. Além de avaliações formais, feedbacks e planos de desenvolvimento, essas são ferramentas importantes nesse processo”.

Os participantes destacaram que a performance sustentável e duradoura nasce de uma liderança humanizada, que conhece o time além dos papéis e funções, valoriza o equilíbrio e entende que relações sólidas são tão importantes quanto a clareza estratégica.
A autonomia, nesse contexto, surge como consequência direta da confiança. Quando os colaboradores sentem que o líder acredita em suas habilidades e julgamento, ganham liberdade para tomar decisões e buscar as melhores soluções. Essa liberdade, segundo os debatedores, potencializa motivação, responsabilidade e inovação.
Tanto Reis quanto Luís Humberto defenderam que lideranças seguras e confiantes conseguem se dedicar ao planejamento estratégico, enquanto suas equipes atuam com mais engajamento e alto desempenho — o que gera resultados duradouros. Além disso, equipes autônomas e confiantes tendem a ser mais flexíveis e resilientes, adaptando-se melhor às mudanças e superando desafios.
A cultura de confiança também estimula a criatividade e a tomada de riscos calculados. “Em uma cultura de confiança, a necessidade de supervisão constante diminui, o que agiliza processos e decisões”, observaram os participantes.

Luís Humberto fez um contraponto importante: a liderança é fortalecida pelo reconhecimento público, por incentivos, conversas francas, clareza e propósito. “Por outro lado, o líder inseguro, que adota o método comando e controle, mina essa relação de confiança, comprometendo a autonomia e os resultados sustentáveis”, alertou.
Reis concluiu reforçando que: “A confiança da liderança promove a autonomia da equipe, que, por sua vez, gera resultados mais sustentáveis e fortalece ainda mais a confiança mútua na organização”.
Outros painéis também realizados no mesmo horário:
– Pertencer antes de produzir: o que isso muda nos resultados – Encantamento Disney – Fernanda Beli (presidente Escola de Inspirações)
– Governança com alma: sensibilidade, ética, transparência e diálogo como fundamentos – André Caldeira (CEO Grupo Propósito)
– Construindo Organizações Saudáveis – Saúde Mental e Neurociencia –
Raphael Rezende (palestrante/saúde mental) e Franciele Maftum (psicóloga e fundadora ChageMinds)
– Digitalização sem desumanização – o equilíbrio possível –
Marcelo Souza e Cristina Coelho de Abreu Pinna (Bradesco)
XVIII CONPARH
O XVIII Congresso Paranaense de Recursos Humanos (CONPARH) está acontecendo nos dias 22 e 23 de outubro, no Viasoft Experience, em Curitiba. São cerca de 2 mil congressistas, mais de 70 palestrantes nacionais e internacionais. O evento conta com uma Feira de Negócios gratuita, Mini Arena, Sala Imersiva e espaço para lançamento de livros.
Em meio à ascensão da inteligência artificial, o evento reforça que o verdadeiro diferencial das organizações continua sendo aquilo que nenhuma tecnologia substitui: empatia, criatividade, intuição e capacidade de dar sentido. Um chamado para reafirmar que o futuro será tão inovador quanto for humano.
Texto: Básica Comunicações
Fotos: Leandro Provenci e Gian Galani