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Cultura que transforma deve ter essência, mudança e competitividade

O XVIII CONPARH sediou um talk no Auditório Alelo que colocou a cultura organizacional no centro da transformação e da competitividade empresarial. A mediação de Bruno Fernandes conduziu as reflexões da psicóloga Isabela Sena e da coach e mentora Andréa Gauté, que convergiram na urgência de tornar a cultura um elemento administrável e vivido.

Isabela enfatizou que a cultura deve sair do campo etéreo. “Tangibilizar é o que se comunica em termos de símbolos e valores, e garantir que as ações e o que se vive na prática estejam alinhados ao discurso (‘papel aceita qualquer coisa’)”, afirmou.

Para ela, o engajamento só acontece “ao ver o que está sendo feito”. A coerência é a chave: “É essencial comunicar e demonstrar as ações que confirmam o que foi comunicado. O discurso deve estar alinhado à prática. Eu acredito na importância de vivenciar a cultura desejada e criar rituais”, defendeu.

Andréa reforçou a necessidade de uma análise profunda para estruturar a cultura. “É essencial identificar as dores e entender a base da organização para diferenciá-la da operação”, destacou. Ela apontou o papel da liderança como crucial, pois “a cultura é inspirada e feita por meio de exemplos e valores demonstrados no dia a dia”. E sublinhou que “a coerência entre o discurso e a prática é inegociável, e a liderança deve praticar a escuta ativa, demonstrando genuíno cuidado com as pessoas”.

Para ilustrar sua análise, trouxe dados preocupantes de um estudo global da LHH – Lee Hecht Harrison com CEOs, citando a “vulnerabilidade entre os líderes”, marcada pelo medo de perder o emprego e pelo esgotamento, e a pressão de desafios como a Inteligência Artificial.

Em sintonia com Isabela, Andréa ressaltou a importância do alinhamento entre propósito e trabalho. “O propósito precisa estar presente nos rituais, nas conversas e na forma como as pessoas se sentem parte da construção, não só da execução”, disse.

As especialistas concluíram que a cultura é uma ferramenta estratégica: “Uma cultura organizacional forte e adaptável, que se baseia em sua essência, pode gerar mudanças significativas e impulsionar a competitividade de uma empresa.”

 Outros painéis também foram realizados de forma simultânea:

– Inteligência artificial com alma –

João Furlan (fundador Huboo.ai) e Flavia de Sá (VP de Pessoas e Operações da Viasoft)

Moderação: Fernando Cesário

Ambientes psicologicamente seguros como catalisadores de desempenho –

Patricia Ansarah (CEO IISP) e Ketty Cipullo (especialista em coaching executivo)

Moderação: Vera Mattos

Liderança que Transforma e Cura: construção de ambientes saudáveis onde as pessoas querem estar

Lis Sobbol (palestrante e pesquisadora) e Antonella Satyro (mentora de líderes)

Moderação: Tania Lopes

XVIII CONPARH

O XVIII Congresso Paranaense de Recursos Humanos (CONPARH) está acontecendo nos dias 22 e 23 de outubro, no Viasoft Experience, em Curitiba. São cerca de 2 mil congressistas, mais de 70 palestrantes nacionais e internacionais. O evento conta com uma Feira de Negócios gratuita, Mini Arena, Sala Imersiva e espaço para lançamento de livros.

Em meio à ascensão da inteligência artificial, o evento reforça que o verdadeiro diferencial das organizações continua sendo aquilo que nenhuma tecnologia substitui: empatia, criatividade, intuição e capacidade de dar sentido. Um chamado para reafirmar que o futuro será tão inovador quanto for humano.

Texto: Básica Comunicações

Fotos: Leandro Provenci e Gian Galani