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Quantum Leadership: A nova lógica da Liderança Centrada em Pessoas e Potencializada pela IA

A nova lógica da liderança centrada em pessoas e potencializada pela IA

O futuro dos negócios reside na combinação estratégica entre a liderança centrada em pessoas e o uso inteligente da Inteligência Artificial. Essa foi a tese central apresentada por Fernando Moreira, executivo global e pioneiro no conceito de organizações quânticas, durante sua palestra “A nova lógica da liderança centrada em pessoas e potencializada pela IA”, no XVIII CONPARH.

No Auditório Alelo, Fernando introduziu o conceito de Quantum Leadership, um modelo que unifica a liderança transformacional e servidora e as potencializa radicalmente por meio da IA. Segundo o especialista, as organizações que adotam essa abordagem, colocando o “humano no centro de tudo” e utilizando a inteligência artificial para aprimorar processos e a própria liderança, alcançam um crescimento exponencial, em contraste com o crescimento linear das empresas tradicionais.

O executivo destacou o massivo impacto econômico da tecnologia, citando dados da IDC que preveem que os investimentos em IA gerarão um valor adicional de US$ 22,3 trilhões ao PIB global até 2030 — a maior oportunidade de criação de valor da história —, com um retorno projetado de US$ 4,60 para cada dólar investido.

No entanto, ele sublinhou um paradoxo crucial: “Quanto mais sofisticada a IA se torna, mais valiosas se tornam as competências exclusivamente humanas.” A IA, surgida com força com a Inteligência Artificial Generativa em 2022, não visa substituir, mas sim exponencializar a capacidade humana de realizar.

Coração, intelecto e espírito

Para o palestrante, a liderança quântica exige que o RH gerencie pessoas que compreendam a sua constituição completa: o coração (que conecta e guia a ação), o intelecto/mente (capaz de criar o que parece impossível) e, o que é frequentemente esquecido, a alma e o espírito. A liderança deve ser guiada por um código moral com princípios universais, como integridade, empatia e amor ao servir.

Casos de sucesso no Brasil, como TIM, Casas Bahia (BahIA) e Bradesco, demonstram que essas organizações não estão substituindo pessoas por máquinas, mas sim potencializando talentos. O Bradesco, por exemplo, atingiu 65% de melhoria na eficiência do planejamento de auditoria, mantendo o foco no desenvolvimento humano.

Como benefícios práticos da combinação de liderança humanizada com IA, Fernando citou que a capacidade de adaptação aumenta em 70%, o tempo de experimentação em três vezes, e a satisfação dos colaboradores é 25% maior, com 30% mais felicidade, já que a IA assume o “trabalho chato”.

Liderança na era da IA

A Quantum Leadership se baseia em cinco pilares fundamentais: estrutura fluida assistida pela IA, decisões distribuídas inteligentes, aprendizado contínuo exponencial, adaptação instantânea e preditiva e propósito magnético amplificado.

O líder servidor na era da IA, conforme destacado por Fernando, não apenas serve pessoas, mas “facilita ecossistemas inteligentes para o bem-estar coletivo”, exigindo o domínio de competências como inteligência emocional, comunicação multimodal e tomada de decisão ética.

Fernando encerrou a palestra reforçando o que é insubstituível: apenas o ser humano é capaz de sonhar com futuros inexistentes, inspirar outros, amar incondicionalmente, liderar com propósito transcendente e, acima de tudo, harmonizar e orquestrar.

“A verdadeira disrupção é feita por humanos. A IA não deve ser vista como uma substituta, mas como uma aliada que transforma a gestão de talentos de intuição em ciência, amplificando a capacidade humana”, concluiu.

Texto: Básica Comunicações

Fotos: Leandro Provenci e Gian Galani