“Saúde mental e a tríade do bem-estar: nutrindo o corpo, elevando a mente e enaltecendo a alma” foi tema central de mais um painel do XVII Congresso Paranaense de Recursos Humanos (CONPARH).
Com apresentações mediadas por Caroline Ribeiro, gerente de Recursos Humanos do Hotéis Deville, as abordagens ficaram por conta de Juliana Sardinha, especialista em comunicação não-violenta e desenvolvimento humano, Michelle Taminato, CEO & CoFounder da Collabsoul, e Ana Silvia Borgo, psicóloga e consultora organizacional.
Antes do início das abordagens, Carolina, ao comentar que falar de saúde mental é sempre um desafio, convidou a plateia para uma atividade de respiração e relaxamento. Público tranquilo, ambiente propício para as apresentações.
Desafios
“Felicidade, inovação e colaboração são os pilares fundamentais para a transformar a cultura de uma organização que se preocupa com a saúde mental dos colaboradores”, disse Michelle. Acrescentou que “precisamos abordar os desafios da saúde mental sistemicamente, ou seja, do ponto de vista, unidade de negócios, corporativo e comunidade”.
Afirmou que as ações devem envolver autoconhecimento e capacidade de resposta, propósito e visão compartilhados e ação coletiva eco-evolução. “O engajamento é importante para a transformação e existem mecanismos para que isso aconteça”.
Espaço de fala
A psicóloga Ana Silvia ressaltou que saúde mental deveria ser pauta estratégica do ambiente de trabalho. “O Brasil é quatro lugar no ranking de pior saúde mental do mundo e pesquisas indicam elevação dos índices de burnout entre os executivos”, informou. Comentou que as empresas têm dificuldades de levar esse tema para a mesa de discussões, “mas é imprescindível garantir um espaço de fala dentro das organizações”.
De acordo com ela, “o trabalho afeta a subjetividade, a saúde física e a mental com extensão à família, tem uma centralidade e é extremante importante para nos reconhecermos enquanto indivíduos. Daí, a importância de garantir um espaço de fala dentro da organização.
.Diálogo é fundamental
Juliana iniciou sua apresentação indagando o que a comunicação tem a ver com saúde mental. “Quando falo em comunicação estou falando em diálogo, e quando conseguimos criar uma rede de diálogo e de escuta, contribuímos para um ambiente de trabalho saudável”. A habilidade de falar e de ouvir promove uma maior conexão e entendimento entre as pessoas. A comunicação não-violenta é a maneira honesta e clara de se expressar, ouvir com empatia e cultivar o respeito e a compaixão nas interações.
“Quanto mais poder a liderança tem, menos verdade tende a receber. Por isso, o diálogo é fundamental para a criação de vínculos de confiança para reduzir o muro entre o líder e a sua equipe”, observou. Enfatizou que “todos somos o melhor que podemos ser até aprendamos uma nova forma de sermos melhor ainda”.
O XVII Congresso Paranaense de Recursos Humanos (XVII CONPARH) tem como tema central “Pessoas, empresas e planeta: isso é comigo!” e está acontecendo hoje (13/04), das 08h às 18h, na Fiep – Campus da Indústria (Av. Comendador Franco, 1341, Jardim Botânico). O XVII CONPARH é organizado pela ABRH Paraná. Informações: https://conparh.com.br/.
Texto: Básica Comunicações
Foto: Leandro Provenci